abril 10, 2008

Estudo: Cafeína protege o cérebro

A cafeína pode proteger o cérebro contra problemas neurológicos, causados por dietas ricas em colesterol, e prevenir doenças como Alzheimer, segundo um estudo publicado na revista científica Journal of Neuroinflammation

Segundo a pesquisa, a cafeína reforça a barreira sanguínea do cérebro – estrutura que protege o sistema nervoso central contra substâncias químicas presentes no sangue.

Estudos anteriores tinham mostrado que um nível alto de colesterol no sangue prejudica o isolamento da barreira, o que, segundo especialistas em Alzheimer, torna o cérebro mais vulnerável a danos que podem causar ou estimular a doença.

A equipa de investigação da Universidade de Dakota do Norte, EUA, alimentou coelhos com uma dieta rica em colesterol e dividiu os animais em dois grupos – um recebeu o equivalente a um café por dia e o outro não recebeu nenhuma dose de cafeína.

Após 12 semanas, os investigadores realizaram vários exames aos coelhos e identificaram que a barreira sanguínea dos que ingeriram cafeína estava menos danificada pelo colesterol do que a do segundo grupo.

Segundo Jonathan Geiger, coordenador da investigação, os resultados ajudaram a explicar que o colesterol é um factor de risco para a doença de Alzheimer e como a cafeína pode ser usada no seu tratamento.

«A cafeína parece bloquear os efeitos prejudiciais do colesterol que prejudicam o isolamento da barreira sanguínea» , disse. «É substância segura e disponível e sua habilidade de estabilizar a barreira sanguínea no cérebro significa que pode ter um papel importante no tratamento de problemas neurológicos», concluiu o pesquisador.

De acordo com a coordenadora de pesquisa da organização britânica Alzheimer Disease Society, Susanne Sorensen, o estudo traz informações importantes sobre os benefícios da cafeína na prevenção da doença.

«Esta é a melhor prova de que uma quantidade de cafeína equivalente a um café por dia pode proteger o cérebro contra o colesterol» , afirmou Sorensen.

Apesar disso, Sorensen afirma que são necessárias mais pesquisas para avaliar se benefício do impacto da ingestão de cafeína também pode ser observado em humanos.


SOL com agências